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Prisão ou liberdade?
Dia #18 - Desafio Lendo o Evangelho de João
Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?
João narra a prisão e o julgamento de Jesus de forma diferente. Aqui, percebemos como Ele está no total controle da situação.
Jesus não foi pego de surpresa. Ele já sabia a hora exata, e continua dono da situação. Ele nunca perde o controle. Está sempre um passo à frente. E não seria diferente no momento mais importante, o ápice de Sua missão.
Inclusive, Ele já está esperando ser encontrado. Ele vai para o mesmo lugar, onde Judas sabia que o encontraria. E faz questão de se apresentar. Nesse momento, os soldados caem por terra. É muito claro: se Jesus não quisesse, nada poderia ser feito contra Ele. Mas Ele se entregou.
Os soldados o levam a Anás e Caifás, as maiores autoridades religiosas da época e seus principais acusadores. Depois, é levado a Pilatos, o representante da autoridade romana, que tinha a palavra final.
O julgamento de Jesus é totalmente injusto e ilegítimo:
Ninguém poderia ser julgado à noite, de acordo com lei
O julgamento religioso foi no lugar errado (o palácio do sumo sacerdote)
Não existem testemunhas
As acusações - sedição contra Roma e blasfêmia - são mentirosas
Existem inúmeras irregularidades, essas são só algumas. Mas Jesus é corajoso e inabalável. Já viu um julgamento onde o réu julga os juízes? Jesus usa esse julgamento para mostrar o erro que estão cometendo e de onde vem a verdadeira autoridade: dos céus.
O relato de João é bastante dinâmico, curto até. Mas fala sobre alguns personagens envolvidos nessa trama, e suas ações:
Judas trai a Jesus
Anás e Caifás o acusam injustamente
Pedro o nega (nem uma, nem duas, mas três vezes)
Pilatos lava as mãos (não queria se comprometer)
Mas há um personagem pouco mencionado, sobre o qual sempre falamos muito pouco. Ele não faz nada de especial. Na verdade, é um condenado, marcado para morrer.
De repente, sua prisão é aberta. Talvez, o coração palpitou. O fim chegou? Mas a notícia, totalmente inesperada, é que ele seria solto.
Sim, estou falando de Barrabás. Pilatos sabia da inocência de Jesus, mas também não queria ficar mal com os judeus. Em sua última tentativa, pede ao povo que decida entre Jesus e Barrabás. Um seria livre, e o outro condenado.
Eu tenho uma convicção muito forte de que a cruz fora feita para Barrabás. A certeza é: A cruz não era para Jesus. Ele não merecia. Mas Ele a carregou em nosso lugar.
Nessa história, nós somos Barrabás. Nós não fizemos coisas terríveis como ele, mas estávamos afastados de Deus da mesma maneira. Estávamos condenados a viver uma vida sem Ele. Tínhamos uma dívida impagável. Existia uma cédula de morte contra nós.
Mas Jesus nos libertou. Pagou a nossa dívida. Carregou a nossa cruz. Morreu a nossa morte.
Ele fez tudo isso de forma incondicional, e por amor. Barrabás não fez nada para merecer a liberdade. Mas agora está livre. Alguém foi preso injustamente e morreria em seu lugar.
Nós também não merecíamos o sacrifício de Jesus, mas Ele quis se entregar por nós. O inocente pagou pelo injusto.
Agora, o ex-prisioneiro poderia recomeçar a sua vida. Não sabemos o que Barrabás fez com a sua liberdade e qual foi o seu destino. O que importa é: a morte de Jesus te libertou de todas as cadeias. Você está livre.
Jesus escolheu a morte para poder nos dar a liberdade. E o que você vai fazer com essa liberdade? Aproveite, e se entregue totalmente ao Senhor. Essa é a verdadeira liberdade!
Obrigado por ler mais este devocional. Convido a ler todo o capítulo 18 de João.
Um abraço e até amanhã. Deus abençoe 🙏
Árley Sevilha